
Minha querida,
Nós dois já atravessámos um longo percurso e vivemos momentos de ternura e beleza sem descrição. Não esperava de ti uma carta tão desesperada. Pareces aflita, como se fosse a primeira temporada que passamos separados!
Pensas que eu não imagino o quão difÃcil é para ti enfrentar essa tempestade tão longa, e tão sozinha. Pensas que eu não sei como te sentes: profundamente só no oceano. Eu apareço de vez em quando, é verdade, pelo menos uma vez durante a semana, chego num bote salva-vidas, retiro-te do mar, mas deixo-te depois numa ilha deserta... Pensas que eu não sei ... e que não sinto...
Querida, eu quero que tu tenhas uma relação com o dia de amanhã e que essa relação seja uma maré cheia de esperança para ti.
Porque és tão bonita...!
Que fazes, presa a um homem como eu? ... Que esperas?...
Contudo, porque te amo, prendo-te nos meus braços e faço o impossÃvel para manter viva a nossa relação, ao mesmo tempo que faço o possÃvel para imaginares que estou mentalizado para a tua despedida.....
É um jogo, é verdade; um jogo que sustenta esta ligação que temos, porque eu não quero, não posso ir mais longe, e foi isso que tacitamente combinámos...
Entretanto, a vida passa, e nós fingimos que não percebemos... Diz-me: porque é que as coisas não podem ser mais simples?!
Na realidade, não há uma resposta lúcida para tudo isto; há, pelo contrário, um profundo desgosto e os desgostos, quando nos dilaceram a alma, não se reproduzem por palavras.
Vamos pensar sobre isto noutra altura... Amanhã?
Tu pensas que eu não sei que tens essa dor tão profunda que é amares-me e esconderes essas emoções! Eu sei: vejo-as nos teus olhos quando te despedes de mim, pareces dotada duma inocência cristalina e duma voracidade sem limites...
Minha querida, tu pensas que é fácil... mas eu tenho momentos em que julgo entrar em alucinação...
É verdade: estou de férias com a famÃlia. Mas tu estás no meu coração, sempre... Vá lá, não chores.... deixas-me aflito quando choras, e eu sei que hoje choraste muito...
Um beijo.
O teu amante.
De zombas a 16 de Agosto de 2004 às 02:02
Floreca, sabes bem que não posso deixar de te dizer isto: ACABA SEMPRE POR DEIXAR DE O SER! OU ACABAS TU POR DEIXAR DE AMAR!!
De floreca a 16 de Agosto de 2004 às 00:59
E é importante deixar de ser amante? Importante é não deixar de ser amada...
De zé cutivo a 16 de Agosto de 2004 às 00:08
Mas, floreca... Não seria mais importante questionar se essa pessoa algum dia deixou de ser amante????
De floreca a 15 de Agosto de 2004 às 22:49
20 anos é uma vida, Ognid... será que não se ama a amante durante esse tempo todo? ImpossÃvel...
De
ognid a 15 de Agosto de 2004 às 22:27
Floreca, conheço algumas. Uma principalmente que acompanhei a par e passo ao longo de quase 20 anos... a treta é a mesma que a Fly_away aqui reproduz com mais ou menos floreado.
De floreca a 15 de Agosto de 2004 às 02:27
Eu já li cartas destas, Zombas... bem reais, escritas por um homem. Agora diz-me uma coisa, será que não conhecemos todos alguém numa situação destas? Eu conheço, várias... provavelmente a Fly também. Será assim tão difÃcil escrever sobre isso? Tu próprio falas no "acerto nas palavras"...
De zombas a 15 de Agosto de 2004 às 02:22
Penso que nenhum homem, por muito conhecimento de causa que tivesse, escreveria muito mais! Melhor é que não escreveria de certeza! Pergunto-me apenas: Porquê tanto acerto nestas palavras???
De floreca a 15 de Agosto de 2004 às 01:27
quem dá mais, quem dá mais??? eheheh
De Fly_away a 15 de Agosto de 2004 às 01:02
Hellllloooo !!!!! Há por ai algum candidato a amante da floreca???? Homem, por favor!!!!!!
De floreca a 15 de Agosto de 2004 às 00:33
Afinal, quantos amantes tenho eu??? Já agora, tinha piada, um 3º amante... HOMEM!!! Alguém se atreve?
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