Terça-feira, 20 de Julho de 2004
falta mudar algumas cores etc etc.
mas não me disseram se gostam assim, deste fundo, destas cores.
por favor sejam sinceros.
este espaço é vosso, de quem escreve e de quem o visita. deve ficar o mais agradável e consensual possível (é assim que se escreve "consensual"?! hum o_O)
obrigada:)
marília das tintas permanentes
pela segunda vez o leio, pela segunda vez o mar me invade o verde visionário.
de todas e tantas palavras que trocamos, de todas e tantas palavras que alguma vez eu li e ouvi de todos e muitos amigos, inimigos, conhecidos e desconhecidos, estas, tuas, são decerto as únicas que têm melodia própria, que ficam gravadas para sempre em cada parte de mim.
jamais te poderei agradecer (não, não reclames com o meu agradecimento. bem sei que gostas de me chamar pequenina, de me tratar com aconchego de super homem, mas eu sou crescida também) repito: agradecer as tuas palavras. palavras que não são clichés nem montras fáceis de literatura.
saem de ti como instantes musicais unânimes.
porque tu, inteiro, és único. (soa a cliché, eu sei)
um dia irei a cuba, prometo-te.
*
mar
Sinto que há alguma coisa que me queres contar e não sabes como!!
Não percebo porquê; somos, antes de mais, amigos e sempre conseguimos dizer tudo um ou outro. O que é? Porque é que olhas para mim, com esse sorriso escondido pela sombra que paira nos teus olhos???
Diz; sempre foste honesto; foi o que mais me atraiu em ti - não prometeres nada que não pudesses cumprir.
Isto não está a resultar e queres libertar-te?? Talvez tenhas razão - estávamos os dois sozinhos, carentes de carinho e amor e encontramos um no outro aconchego, esperança, mas não é suficiente!!!
Vou chorar, não vou negar; fizeste-me sentir protegida e porque não dizer?? amada duma forma suave, carinhosa, sem grandes exigências.
Espero não ter perdido o amigo; vou sofrer com a perda do amante, mas quero manter o meu amigo, que esteve sempre lá para me apoiar.
Desta vez, não vou fugir; vou ficar aqui - encontrei o meu lugar e não posso fugir desta realidade.
Não vou dizer nem obrigada nem adeus. Apenas quero que saibas que continuo aqui para falar contigo, sempre que queiras!!!!
Domingo, 18 de Julho de 2004
para ti
fotografia de Pedro P.Já passei por aqui hoje.
Senti o cheiro dos barcos ao fundo do cenário e fui lá.
Ao azul, que de tão cinzento se torna tão longe.
Um dia encomendaram-me um texto:
- Escreve sobre um cais, sobre as partidas e chegadas - disse a voz macia
- Ainda não parti, ainda não cheguei, disse eu
- Parte comigo, para chegares a ti, disse ele
- Partirei de ti, e só então, chegarei a mim, disse a voz parecida com a minha e que já partira para lá do azul....Como os barcos não navegam sozinhos, ainda não cumpri a encomenda.
Fica para o dia em que os prédios me devolvam ao cais.
Obrigada pelo fim de semana!!! Há muito tempo que não falava tanto!
Foi muito bom - estar num sitío diferente com pessoas diferentes, sem me preocupar com comentários idiotas. Claro que sei que só quer o melhor para mim, que está preocupada, mas será que não entende que há a forte possibilidade de eu nunca mais engordar?? Que nada voltará a ser como dantes?? Ou o mal que me faz com observações tipo "Pareces um cabide!! Metes nojo! Até nem posso olhar para ti!!"
Eu sei, eu sei, mana, que ela está cansada e doente, mas custa, sabes?? Já falei com os médicos, informei-me, mas o choque foi grande demais!! Gostava tanto que ela compreendesse!!! Quero lá saber dos outros; mas custa ouvir isto da minha própria mãe!!!
Fica bem, mana. Obrigada pelo fim de semana!!!
Provocamos os pensamentos
Para imaginar que não sofremos,
Para esquecer o quanto doi o sofrimento de viver,
O quanto magoa,
E a mágoa que é morrer e ver morrer nos outros,
A vida.
É tudo um acaso,
Um possível fortuito,
Um monstruoso engano.
Mais valia o silêncio
Que todo o ruído do meu pensamento
Quando quer, precisa esquecer.
Porém, ainda acredito.
Posso ser um grito.
Uma gargalhada.
O sufoco do ar.
E nada mais que um avultoso acaso.
Ou nada!
Cansa-me a incerteza da ilusão,
A certeza de não saber se é castigo,
Maldição, ou simples desprazer.
Falta-me a onda arrancada,
A ode das causas nobres,
A intrépida vontade,
A certeza categórica da vida e porém...
... Lamento, ah! Como lamento
O nada mais que há para dizer,
E o silêncio que nas trevas se detém!
E o mais além: ruído, tristeza, isolamento,
Tudo o que para os outros alegre é,
Parece conter em mim um certo descontentamento!...
(Para a Lolita, como prometido, deixo algumas memórias sobre a minha solidão, encarcerada em “Chateau d’If". Redigidas em Janeiro de 99, um ano antes deixar o cárcere e soltar as emoções).
Sábado, 17 de Julho de 2004
estou a tentar fazer umas alterações há muito pedidas:)
desculpem as obras na casa:)
e se não gostarem, força, digam!:)
...
bem, mudei só o cabeçalho e não posso terminar o resto agora.
amanhã venho cá ver o que acharam e mudar o que falta ou então colocar como estava.
até lá, quero a vossa opinião:)
kisses,
garota das tintas
Sexta-feira, 16 de Julho de 2004
Hoje baralho as cartas, corto, dou, fico com a melhor mão
e no fim do jogo faço um castelo
Que queres que te diga, mana??? A Mãe tratou-te mal??? Mas tu sabes que ela nunca concordou com esse teu casamento e fez previsões terríveis! Parece que teve razão, pois sentes-te isolada, frustada, desapontada com as atitudes do teu marido e do teu filho.
Nunca devias ter deixado de trabalhar!! Nunca percebi essa tua opção - logo tu, cheia de vida, com todos esses diplomas!
Não há soluções mágicas, mana; apenas te posso dizer isto. Muda de casa para um lugar mais civilizado, onde possas sair sozinha, trabalhar como voluntária num Hospital, num Centro de Dia, conhecer outras pessoas.
Quanto a esse teu filho, manda-o calar; ele ainda tem idade para te obedecer. Não é o contrário!!!
Fica bem, mana e diz-me qualquer coisa!!!
Quinta-feira, 15 de Julho de 2004
Não sei o que me levou a escolher o título para este post. É uma frase de que não gosto por me fazer lembrar tempos sombrios que alguns dos que aqui passam certamente também viveram.
Na realidade isto é apenas um pequeno bilhete de despedida destinado aos autores, comentadores e animadores de serviço que contribuem para tornar os comentários tão hilariantes. Vou de férias e, durante pelo menos quinze dias, não terei net, nem blog, nem mail (socorro!
). A sério, acho que vai ser bom porque a blogodependência está-se a agravar.
Agradeço a todos os que têm lido e comentado durante este tempo, espero que o continuem a fazer em Agosto, quando voltar. À Lolita e à Floreca, um obrigada especial.
Beijinhos e abraços.