Quinta-feira, 20 de Maio de 2004

Carta que nunca cheguei a entregar, que deixou de fazer sentido...

Chegou o fim... Existe sempre um fim... Chegou. É o momento dele. Tem que ser.

Amei estar contigo... Porque desde que os teus lábios tocaram os meus que o mundo assumiu cores diferentes. Porque nada jamais será igual. Porque esperei... Delimitei um prazo, escondido de ti, para o fim ou o começo de nós. E foi o fim. Aconteceu... Quiseste assim. Sem o saber. Quiseste. Escolheste. Desculpa. Não tive culpa, tentei transmitir que assim não queria. Não compreendeste. Não soubeste escutar as palavras surdas que te enviei com o olhar... Não sabes que te quero, não compreendes que me modificaste... Foi bom. Adorei... Todos os momentos, mesmo aqueles em que te magoei, em que me magoaste,... Adorei tudo. Adorei-te e adoro-te ainda. O teu corpo, os teus beijos, o teu cheiro, o teu sabor, a tua voz, o teu jeito de me ter,... Tudo. Tudo. Tudo. Sempre. Quis que fosse diferente, desculpa se não consegui... Mas vou sempre desejar-te. A todos os momentos. Mesmo que esteja com outra pessoa é em ti que vou pensar, no teu toque na tua forma de olhar. A tua pele, o teu abraço, o teu toque em mim,... Vou sempre pensar que é contigo que estou. Vou sempre desejar estar contigo. Mas terminou... Espero ainda pela última vez. De te ter. A ultima vez que te sinto dentro de mim... Que vejo o teu olhar meigo a percorrer a minha alma... Espero por essa vez. Pedi amanhã... Compreendeste? Sentiste? Vens? Queria saber que sim... Mas não sei, contigo tudo é possível... Mas espero que sim, se for não, vou guardar as músicas e as palavras dentro de mim, escondidas, para que um dia as descubras... Ou não... Não sei.


Mas é só para saberes que marcaste a vida desta menina pequenina que não sabe demonstrar quando gosta, que tem medo, muito medo. Só para saberes que em todos os momentos de nós, que me entreguei totalmente. Que fui tua. Só tua. Que me tiveste para ti, que me empurraste de ti e me fizeste dizer que acabou. Tu. Porque dentro de mim vai existir sempre a vontade de te ter. Porque se cada vez que te vir vou querer nunca ter dito estas palavras... Porque de cada vez que cruzar o meu olhar com o teu vou desejar sentir-te... Todo. Boca, pele, toque,... Tudo. Mas vou tentar. Mas quero tentar deixar-te ir. Deixar-te partir. Fazer com que vás. Desculpa, bichinho! O meu bichinho lindo que vou lembrar para sempre. A única pessoa que me fez sentir que quando estava dentro de mim era mais do que isso. A única pessoa que me olhou com o olhar que tu me olhas... A única pessoa que me fez trocar a estabilidade... Tu. Fizeste com que deixasse a minha vida já traçada e planeada. Só para te ter. Só para te sentir. Só para demonstrar o quanto é verdade a paixão que sinto por ti. E não sei como foi possível... tudo. Todo o desejo que me fazes sentir...


Quando me apaixonei por ti? Quando deixei de estar um único momento sem pensar em ti? Quando? Não sei... Nem quero saber. Espero conseguir lembrar-te apenas como uma recordação... Quis gritar, dizer, demonstrar que assim me ias perder... Mas não consegui. Quis dizer que queria que fosses meu, só meu, mas não foi eficaz o me grito de socorro. Foi mudo. Não ouviste... Desculpa. Não consegui fazer com que me ouvisses.


Provavelmente não vais perceber as minhas palavras... Não faz mal. Disse-as. Estão escritas, ninguém as pode apagar. São fruto deste tempo... Em que te desejei, em que te odiei, em que te quis, em que te magoei,... Fruto de nós. Do breve tempo em que nos tivemos. Do tempo... De mim. Da menina sensível que chora, que exige, que quer, que amua, que é inconstante e que magoa. Da menina que não sabe crescer. Da menina que não quer crescer. Que precisa que a protejam, que a compreendam, que a queiram mais que tudo,... De mim.


Mas mesmo que passem mil anos vou lembrar, sempre que fechar os olhos, o teu sorriso para mim, o teu olhar que diz que gostas de mim, o teu abraço que me aperta o coração... Vou lembrar tudo. Tudo. Porque adorei.


Desculpa... Perdoa-me. Adoro-te. Ouve as músicas mesmo que as aches parvas, nem que seja só uma vez, porque as sinto, porque cada uma delas tem pedaços de mim, do que sinto por ti. Beijos. Muitos. Porque vou sentir muito a falta dos teus... Porque espero que a tua ausência facilite o meu desejo de não te deixar. Adoro-te, mais uma vez... Adoro-te

publicado por floreca às 22:03
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De Kioko a 20 de Maio de 2004 às 23:46
Parece que foi MESMO uma entrega total. E uma despedida muito sentida, muito genuína. Com muitas emoções à flor da pele. Quando crescemos, amadurecemos. E o amadurecimento faz com que as emoções sejam na mesma sentidas, porém, mais controladas...


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