Tremiam-me as pernas de tanta emoção, sentia latejar o ventre e o corpo humedecia-se de suor antecipado...
E depois, quando finalmente me agarravas, sentia um enaltecer-se, fugir-se descontrolado do raciocínio que nos prende e controla. Deixava incendiar-me, a vida queimar-me, derreter-se em tempestades contínuas... e como águas furiosas numa voragem ardente, entregar-me toda sem limites...
Até hoje, as tuas mãos têm sido as parceiras das minhas e passeiam-se no meu corpo sem vergonha nem timidez, descobrindo outras intimidades onde mundos nos habitam... escorregando sobre as minhas pernas entreabertas... e é uma quente aragem, quais astros de Verão, caindo em chamas sobre a praia...
. Pausa
. Esta carta é dirigida aos...
. MIMO